quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O Mundo mágico da realidade.

Procurei por todos os lugares: No castelo do Gigante, na casa feita de doces da bruxa má, na casa da vovózinha e até mesmo embaixo do comprido nariz do menino de madeira, uma definição honrosa para a inocência. Será mesmo que procurei nos lugares certos? Poderia ter corrido para os lugares mais sombrios, procurar por criminosos que se escondem atrás de grades, que descrevem vergonhosas situações a respeito da sociedade que tanto cita essa palavra como auto-definição. Eu sou Inocente!


Nos lugares mágicos eu não encontrei o que eu queria, mas desfrutei de um ambiente intenso e repleto de intrigas. A Bruxa má queria comer João e Maria, o Gigante não gostou nada, nada da visita de um pobre garoto, chapeuzinho vermelho era perseguida pelo lobo e  o menino de madeira era punido por cada mentira que ele contava. Pessoas boas e pessoas más. Bons feitos e Maus feitos. Tudo com dois lados. Me fez pensar. Qual seria o avesso da inocência? Seria a Inocência elevado a -1?
A pulga atrás da minha orelha me impulsionou a querer saber o impacto que tal palavra venha causar. Segundo o dicionário. A pureza, simplicidade e isenção de culpa compõem o significado que tanto procurei.

 João é inocente depois de ter escalado o pé de feijão e roubado a galinha que botava ovos de ouro? João e Maria são inocentes depois de terem queimado a bruxa no forno por legítima defesa? Chapeuzinho vermelho depois de desobedecer a sua mãe e ido pela floresta? E Pinóquio por contar mentiras? Se a resposta for: “Sim, eles são inocentes.” Eu terei de dizer que os políticos corruptos também são inocentes, os presidiários que mataram e contam mentiras atrás das grades para se isentarem da culpa e os ladrões são completamente inocentes.

Cansado dessa minha aventura pelo mundo mágico e pelo mundo realista, minha conclusão é que a inocência total é indiferente que um conjunto vazio. A inocência parcial é o que nós chamamos de simplesmente Inocência, ou o que nós acreditamos ser inocente... Pseudo-inocentes...
Ou mudamos nossas maneiras de pensar ou daremos tiros cegos para todos os lados. Histórias que chamamos de ingênuas também se revelam assustadoras ao serem levadas por um lado realista. 

Depois disso tudo, você é inocente? 

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