quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Pré-Cena


Faltam 10 minutos para eu subir naquele palco e mostrar realmente o que eu sei fazer. Mas algo dentro soa como se isso não fosse apenas o que eu sei fazer. Tem mais, muito mais que movimentos e falas aleatórias, que imitam uma realidade cômica para atrair o público disposto a dar boas gargalhadas de um espetáculo colorido e cheio de luzes que fantasiam a cena.
Minhas mãos estão molhadas. É o suor! Meses de ensaios para quando chegar o momento, duvidar de minhas escolhas como se realmente eu possa ter errado e seguido um rumo totalmente contrário. É a Arte mesmo o que faz de mim um pequeno instrumento de indecisão que toca notas para todos os ares no ritmo de um apelo?
Meu corpo quer dançar, executar movimentos que para os olhos das pessoas pareça impossível. É isso! O impossível! Quero tentar isso! Enroscar e desenroscar de mim mesmo e ao mesmo tempo gritar numa nota só a melodia que meu personagem tem para apresentar.
O palco é meu escritório, e a arte é o meu emprego. Nele posso jogar pétalas no mar e em segundos, colher diamantes na mina mais rica próxima as montanhas mais altas. Posso imaginar, e recriar na realidade. Assim como crio nestas linhas um texto sobre o que estou imaginando que posso ser. Um ator, um cantor, um bailarino, UM ARTISTA...

2 comentários:

  1. It was awesome, the way you put your ideias and you connected the words, imagining what goes through an artist's mind, you are amazing my best friend, loved your text ;)

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